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Criei este espaço para dividir, meus momentos, meus sonh os, minhas fantasias e meus desejos com vocês. Venham me conhecer.
Parei de escrever um Blog que tinha, com um ex-companheiro,
(http://meninalevadamestreferreiro.blogspot.com.br) ,sobre nossas experiências e nossa vida sexual, vida no meio liberal e no meio BDSM, com o fim do relacionamento, abandonei definitivamente o BDSM, resolvi importar algumas coisas do antigo Blog pra explicar todo este meu processo de transformação. De deixar de ser uma mulher submissa, mas infeliz, e me tornar uma mulher livre, mas feliz. SIMPLES ASSM.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

BDSM, Leigos e Modismo



BDSM, Leigos e Modismo
por: Lena Lopez

Leigos aos assuntos do BDSM, não acostumados aos termos, práticas e prazeres desse universo, normalmente, ao ouvir sobre as tais opções de prazer, se mostrará contrariado. Isso se justifica e é totalmente previsível. O BDSM, o Sadismo e o Masoquismo, são de difícil entendimento, mesmo que o ouvinte tenha alguma tendência. Na maior parte das vezes elas estão presentes no íntimo de cada um, pois o ser humano é um sadomasoquista nato.



A ética e o bom senso do nosso cotidiano tornam qualquer forma de humilhação, agressão, dominação e submissão, atitudes condenáveis de pessoas mesquinhas ou fracas. Como explicar a um leigo, que fulano tem prazer em humilhar alguém, que fulana tem prazer em ser humilhada, que sicrano gosta de descer o chicote, que sicrana tem delírios incríveis com chicotadas nas suas costas? Cá entre nós, os mais experientes adeptos do BDSM, vacilaram quanto à ética no início, sentiram pena, faltou-lhes coragem e outras tantas reservas. Desta forma, fica indubitavelmente difícil, explicar que uma coisa, é uma coisa e outra coisa, é outra coisa, a quem está fora do meio.



O maior problema é o preconceito. Ao leigo é difícil entender que um homem possessivo no dia a dia, torna-se um submisso e aquela mulher personalidade forte, senhora de si, tornem-se submissos entre quatro paredes. No mínimo, serão rotulados de “mandado pela mulher” é uma “santinha do pau-oco”, “doidos” ou “lelés da cuca”. É também difícil explicar, que um homem ou uma mulher, carinhosos e compreensivos, calmos e românticos, tornem-se entre as quatro paredes, dois seres completamente dominadores, frios e capazes de humilhar ao parceiro sem pena nenhuma.
 

Para uma cabeça comum, entender que o BDSM é apenas uma prática de dominação e servidão com fins eróticos, dotados de consensualidade, respeito e limites, sem que os praticantes sejam rotulados e acusados de práticas criminosas, que podem ser denunciados e enquadrados pela justiça, tem que se gastar muita saliva.

Normalmente a maioria dos praticantes do BDSM, cuidam para que a pratica e atitudes, não derivem para a vida diária e não se preocupam em explicar, a quem quer que seja, suas opções e levam as suas vidas da forma mais normal possível. São pessoas normais, estão no meio de qualquer camada social e ninguém desconfia.
Como sabem, não sou uma praticante assídua, tenho algumas experiências, alguns amigos e amigos do meio e somente aceitei experimentar, por acreditar que estava me envolvendo com pessoas responsáveis, que no meio há respeito, limites, é seguro e há um nível elevado de cultura, do contrário ficaria pensando como anteriormente, são uns loucos! Mesmo eu, sendo uma praticante esporádica e no meio de um assunto, a conversa deriva para o sadomasoquismo, eu cair na bobagem de dizer que já provei, logo vem a frase:

- Mulher, tu és doida?
 


O maior problema do BDSM é a mistificação, ou seja, a idéia de que ele é um submundo, uma pratica insana, ainda há muito que se percorrer, para torná-lo uma pratica que não cause revolta e espanto nas pessoas. Mas, há muito progresso, de certa forma, atualmente o BDSM virou moda, sexshops vendem com facilidade, fantasias, objetos e aparelhos. Como todo o modismo, ele passa e deixa a sua herança, vão-se os modistas e ficam os verdadeiros, mas a contribuição da divulgação e a abertura para a compreensão, não podem ser negados. Assim é com os ritmos musicais, com as expressões culturais.


Lena Lopez

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