Este Espaço

Criei este espaço para dividir, meus momentos, meus sonh os, minhas fantasias e meus desejos com vocês. Venham me conhecer.
Parei de escrever um Blog que tinha, com um ex-companheiro,
(http://meninalevadamestreferreiro.blogspot.com.br) ,sobre nossas experiências e nossa vida sexual, vida no meio liberal e no meio BDSM, com o fim do relacionamento, abandonei definitivamente o BDSM, resolvi importar algumas coisas do antigo Blog pra explicar todo este meu processo de transformação. De deixar de ser uma mulher submissa, mas infeliz, e me tornar uma mulher livre, mas feliz. SIMPLES ASSM.

domingo, 29 de setembro de 2013

TEXTO DE GRECO,UMA PESSOA QUE REALMENTE ACOMPANHA O CAMINHO DO BDSM NO RJ






Uma breve história do SM no Brasil. 
Em 1983, Cosam Atsidas, criou a ABS, Associação Brasileira de 
Sadomasoquistas. Um trabalho que tinha por objetivo promover o 
encontro de adeptos de todo o Brasil, e como motivo de fundo, 
resolver uma crise existencial do mestre. O trabalho era totalmente 
concebido e realizado por ele. Chegou a ter 100 participantes, o que, 
em 1983, foi um estrondoso sucesso. Fracassou por que não havia como 
sustentar financeiramente o projeto, toda a despesa era bancada por 
Cosam, e o trabalho era muito grande para uma só pessoa manter. O 
projeto durou cerca de um ano. 
Por volta de 1986, Wilma Azevedo com a participação da Carina, Greco, 
e Alex Wolf, tentaram criar o Fantasy Club e um Zine chamado 
Submissão. Nenhum dos dois projetos foi a frente. Faltou sustentação 
financeira e um meio SM atuante. 
Não sei a data certa mas, em 1990 já existia em São Paulo o Erótico Shop Atellier Eliana, do senhor Gunter Meier, a loja de acessórios 
sobreviveu por alguns anos tendo fechado há pouco tempo e Gunter, ao que sei, retornado para a Alemanha. Nesta casa chegou a funcionar o Fetiche Clube. Não foi à frente por falta de apoio e por que os freqüentadores acharam caro participar do clube. 
Em 1992, um grupo de pessoas de São Paulo, Mr. Water (idealizador e iniciador do projeto), Lothar, Samara (Bárbara Reine), Klaus e Cosam 
Atsidas, começaram o Somos. De pequenos encontros chegaram a ter cerca de 50 pessoas reunidas para conversas e plays. Sem sustentação financeira e apoio, terminou para ressurgir anos depois em grande estilo. 
Nesse mesmo período, não sei ao certo a data, existia em São Paulo o Clube "O", onde aconteciam festas com adeptos ou profissionais. O Clube fechou após problemas entre os donos e com a Polícia. 
Em 1994, Greco, iniciou o Projeto SM Brasil 94. Com os mesmos objetivos somados a tentativa de realizar um mapeamento dos adeptos e 
suas particularidades. Como motivo de fundo, uma crise existencial. 
Em pouco tempo cerca de 50 pessoas estavam participando do projeto. 
Nesse projeto, houve a tentativa de dar ao mesmo uma sustentação financeira mínima que viabilizasse o trabalho. Mais uma vez o 
trabalho era de um só e a sustentação não foi suficiente. O projeto terminou 6 meses depois de começar. 
E 1995, Greco, lançou o Sarah Domina Jornal. Jornal em formato tablóide inicialmente remetido para assinantes e por fim distribuído, 
apenas na cidade do Rio de Janeiro, em algumas bancas. Com a colaboração de Sarah Domina e alguns amigos, Alex Wolf, Glauco Mattoso e outros anônimos, o jornal teve 9 edições, a oitava em bancas de jornal vendeu 300 exemplares mais os 150 assinantes. Todo o 
trabalho de diagramação, montagem, fotografia e digitação, era feito por uma pessoa apenas. Embora começasse a se sustentar financeiramente, por motivos pessoais, encerrei o jornal. O jornal sobreviveu por 9 edições bimestrais. 
A partir de 1995, a Internet começa e se popularizar e o SM tem seu desenvolvimento acelerado em ritmo de bits e bytes e dedos rápidos no teclado. O Somos retoma suas atividades em grande estilo. Grupos se 
formam em SP, RJ, MG e em outros lugares. Nasce o Valhala. Não se mantém pelos mesmos motivos de tantas outras iniciativas, falta de 
sustentação financeira e desgaste pessoal. 
Vamos pular um pouco no tempo: O Valhala esta em seu terceiro proprietário, surge o Dominna Clube, não temos mais nada alem disso e 
da Internet, parece que único grupo de sobreviveu, e bem, é o BDSM Rio. 
Em 2003, começam as festas Fetiche Ds, depois Festa Fetixe, iniciativa corajosa da Nefer. Festas que deram ao BDSM do Rio um novo gás com marca carioca bem nítida. Sucesso crescente. 
Em 2004, precisamente em maio, começa a festa Desejo, do Podo e da Lilith. Sucesso na primeira edição e maior ainda na segunda edição. 
A Maga inicia o Ciclo de Estudos BDSM. Bela e importante iniciativa. 
Agora nasce, isso é história viva para todos que temos o privilégio de viver nos dias de hoje, a 1º Casa Fetichista do Rio, a Fetixe. 
Além de parabéns para minha querida Nefer e seus amigos nessa empreitada corajosa e ousada, e, a exemplo de fatos recentes 
acontecidos em SP, conclamo a todos para uma reflexão simples. 
Todos os projetos e realizações anteriores não frutificaram por motivos que se repetem até hoje: dificuldade em divulgar o BDSM no 
Brasil, pouca participação dos adeptos, falta de sustentação financeira, questões sócio culturais do brasileiro, desgaste pessoal dos gerentes e criadores dos projetos, inexperiência, competição de egos, vaidades,disputa comercial sem ética, inexistência de uma cultura fetichista BDSM no Brasil. 
Quanto a: dificuldade de divulgação, pouca participação dos adeptos, questões sócio culturais e inexperiência, comercial na gestão dos negócios e prática das relações BDSM, a Internet, com sua agilidade e capacidade de rápida expansão e comunicação, somado aos encontros, festas e a concretização de relações de amizade entre os adeptos, várias reportagens em jornais, revistas, e programas de TV, equivocadas ou não. Estes problemas foram , em muito, amenizados e 
até, para alguns seguimentos, resolvidos. O fracasso de algumas iniciativas deixaram boas experiências. Embora, particularmente, eu 
não defina como fracasso nenhuma iniciativa que tenha sido desenvolvida e que tenha sobrevivido pelo tempo que tenha 
sobrevivido. Essa iniciativas deram sustentação ao que hoje existe. Os outros itens ainda precisam ser equacionados. 
Esta breve e superficial exposição, tem como objetivo convocar a todos no sentido de dar apoio e participação a essa importante 
empreitada da Nefer, para as festas do Podo e da Lilith, e para o Ciclo de Estudos da Maga. Aqui, no Rio, conseguimos algo maravilhoso, 
não há, salvo pequenos problemas pessoais, brigas ou disputas imaturas. Não há uma competição comercial sem ética. Somos amigos. E devemos zelar por isso, não há bem maior na vida que as amizades, ainda mais quando se é minoria. São Paulo nos deu uma aula da capacidade realizadora de seus moradores e de sua sociedade moderna e participativa. São Paulo nos deu essa lição especial, nos ensina o caminho do sucesso e, também nos mostra o caminho do insucesso. Hora de refletir e analisar, aprender, e realizar. 
Embora os empreendedores de alguns dos projetos acima tenham intenções pessoais e profissionais nestas realizações, não é deles o 
maior interesse no sucesso de seus projetos, somos nós, sim, nós somos os maiores interessados no sucesso de todas essas iniciativas. 
È impossível calcular o lucro nem o que representa para cada um de nós o sucesso e a continuidade destas realizações. Pensem nisso! As iniciativas anteriores na foram mais importantes por que não frutificaram e não perduraram por mais tempo, imaginem se a ABS 
estivesse ativa desde de 1983. O que teríamos hoje em nosso país em termos de BDSM?



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