Este Espaço

Criei este espaço para dividir, meus momentos, meus sonh os, minhas fantasias e meus desejos com vocês. Venham me conhecer.
Parei de escrever um Blog que tinha, com um ex-companheiro,
(http://meninalevadamestreferreiro.blogspot.com.br) ,sobre nossas experiências e nossa vida sexual, vida no meio liberal e no meio BDSM, com o fim do relacionamento, abandonei definitivamente o BDSM, resolvi importar algumas coisas do antigo Blog pra explicar todo este meu processo de transformação. De deixar de ser uma mulher submissa, mas infeliz, e me tornar uma mulher livre, mas feliz. SIMPLES ASSM.

sábado, 19 de outubro de 2013

Fera, Cega e Sensual

Estávamos em um canto do bar do hotel requintado, iniciando a primeira noite da nossa viagem de férias, eu bebia em silêncio um martini seco olhando nos teus olhos, na pista de dança dois ou três casais dançavam um bolero antigo.Você estendeu-me a mão, levantou-me da cadeira e convidou-me para dançar, deitei a cabeça no teu ombro, fechei os olhos e sonhei que o mundo era só nosso.


Nossos corpos emanavam uma fragrância excitante. Eu balançava preguiçosamente nos seus braços e você acariciava a minha cintura com uma das mãos e com a outra às minhas costas, pressionava-me contra teu corpo, ao som daquela música inebriante. Eu cruzei meus braços em volta do teu pescoço e encostei meu rosto ao teu, eliminando de uma vez por todas, qualquer espaço entre nós.
Eu senti uma onda de calor percorrer meu corpo e apertei-o mais um pouco contra mim e para ratificar a nossa aproximação, coloquei meus lábios aos teus, fechei os olhos e nos beijamos ardentemente, um beijo tão estremecedor quanto o bolero que estava tocando, um beijo longo que não tinha fim, como se ele transpusesse as nossas almas. Eu não queria que aquele beijo se desfizesse, mas infelizmente a música terminou.
Você novamente pegou-me pela mão, levou-me até a porta do elevador, subimos quase todos os andares e caminhamos calmamente até o quarto, onde a luz da lua prateada brilhava através de uma janela e o o silencio deixava ouvir nossas respirações.
- Espere!
Fiquei surpresa com o teu pedido e estagnei logo à entrada.
- Espere, eu quero fazer uma coisa. 
Eu te olhei e vi você tirar algo do bolso.
- Primeiro, deixe-me venda-la!
Você cobriu meus olhos com um lenço negro, sem minha a visão tudo tornou-se desconhecido, mas você levou-me até a cama, conduzindo-me pela mão e delicadamente fez-me deitar-me nela.
A escuridão deixou-me curiosa e ao mesmo tempo dava-me excitação.
Você descalçou os meus sapatos e beijou meus pés depois subiu beijando minhas pernas lentamente, levando junto aos teus lábios o meu vestido. Roçou teu rosto sobre a calcinha, livrou-me dela, rasgando o tecido fino e só então beijou as minhas virilhas e passou a tua língua por cada centímetro do meu púbis. Prosseguiu beijando o restante do meu corpo, despindo-o em cada parte com teus beijos e dedicou mais tempo aos meus seios, depois subiu pelos meus ombros, tomou o atalho do meu pescoço e antes de me beijar na boca, desvencilhou-me do vestido para sempre e somente então, brindou-me, de novo, com um beijo ardente.
Você colocou-me sentada à beira da cama, saiu de perto, mas logo depois voltou e fez-me provar um cubo de gelo. Logo depois que o chupei, você acariciou meus lábios com ele e pediu-me para lambê-lo, minha língua gelou e os meus lábios tremeram. Lentamente desceu pela minha pele e gotas frias caíram no meu pescoço e mal tocando em minha garganta, suavemente deslizaram entre os meus seios. O gelo continuo deixando o seu rastro e me estremeceram quando tocaram os meus mamilos. A saga fria ainda não terminara, depois dos seios foi a vez do umbigo, meu ventre afundou tentando escapar do frio e por causa dele meu corpo todo tremia. Você deslizou o gelo pelo meu púbis, passando direto até as minhas coxas e lentamente, como uma tortura, levou-o ao meu sexo, fazendo-me suspirar pesadamente. Mordi meus lábios com a sensação de frio intenso, que o gelo fazia-me sentir, derretendo todo sobre a minha intimidade quente. 
Joguei-me na cama e abria as minhas pernas, você entendeu prontamente a minha intenção e pousou a tua boca sobre o meu sexo. Eu não sabia mais quem eu era e se você era você, mas compartilhamos esse pedaço de mundo e tempo, uma sensação misteriosa e paixão arrasadora.
Meu corpo retorcia-se na tua boca, tuas mãos acariciavam a minha barriga. Eu sentia o toque dos teus dedos me segurando e o calor da tua boca inoculando-me com teu desejo. Foi difícil suportar o contraste do ardor presente, em face ao frio posterior, junto à isso, a maciez dos teus lábios no meu clitóris, a tua língua circulando e descobrindo as partes mais sensíveis do meu sexo, somados os mistérios da minha escuridão total.
Segurando-me pelas pernas e abrindo-as totalmente, você me invadiu e entrou no meu corpo, escorregando lentamente para dentro. Ergui-me um pouco, segurei-me em teu pescoço e arqueando-me te beijei. Enlacei você com as minhas pernas e te empurrei mais para dentro de mim. Estávamos no limite do nosso infinito, numa total mistura de corpos, você enterrado totalmente e eu te recebendo em minha extrema profundidade.
Eu gemi, gritei, pronunciei palavras desconexas, em um frenesi selvagem, como se uma fúria me tomasse e naquela hora, eu senti que era uma fera cega no cio.
Você acelerou, teus movimentos tornaram-se violentos, você entrava e saia rapidamente no meu sexo e de repente me senti tensa, brotaram violentas contrações, passei a segurá-lo com mais fúria, arranhei o teu pescoço, cravei as unhas nas tuas costas e gozei desesperadamente agarrada em ti.
Deixei-me cair na cama, caí com os braços abertos. Você acelerou, ainda mais teus e na hora de gozar, tirou de mim, veio até meu rosto e soltou uma torrente de seiva na minha boca e eu a bebi e lambi até a última gota.
Assim foi uma, das nossas tantas noites, do tempo em que nos amamos e eu era apenas uma menina de vinte e um anos. Mas o tempo passou e fomos cada um para seu lado, hoje você tem o que tanto sonhou e eu... Bem, eu... creio que encontrei, o amor que a tanto procurava.


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