
Nossos corpos emanavam uma fragrância excitante. Eu balançava preguiçosamente nos seus braços e você acariciava a minha cintura com uma das mãos e com a outra às minhas costas, pressionava-me contra teu corpo, ao som daquela música inebriante. Eu cruzei meus braços em volta do teu pescoço e encostei meu rosto ao teu, eliminando de uma vez por todas, qualquer espaço entre nós.Eu senti uma onda de calor percorrer meu corpo e apertei-o mais um pouco contra mim e para ratificar a nossa aproximação, coloquei meus lábios aos teus, fechei os olhos e nos beijamos ardentemente, um beijo tão estremecedor quanto o bolero que estava tocando, um beijo longo que não tinha fim, como se ele transpusesse as nossas almas. Eu não queria que aquele beijo se desfizesse, mas infelizmente a música terminou.
Você novamente pegou-me pela mão, levou-me até a porta do elevador, subimos quase todos os andares e caminhamos calmamente até o quarto, onde a luz da lua prateada brilhava através de uma janela e o o silencio deixava ouvir nossas respirações.
- Espere!
Fiquei surpresa com o teu pedido e estagnei logo à entrada.
- Espere, eu quero fazer uma coisa.
Eu te olhei e vi você tirar algo do bolso.
- Primeiro, deixe-me venda-la!
Você cobriu meus olhos com um lenço negro, sem minha a visão tudo tornou-se desconhecido, mas você levou-me até a cama, conduzindo-me pela mão e delicadamente fez-me deitar-me nela.
A escuridão deixou-me curiosa e ao mesmo tempo dava-me excitação.
Você descalçou os meus sapatos e beijou meus pés depois subiu beijando minhas pernas lentamente, levando junto aos teus lábios o meu vestido. Roçou teu rosto sobre a calcinha, livrou-me dela, rasgando o tecido fino e só então beijou as minhas virilhas e passou a tua língua por cada centímetro do meu púbis. Prosseguiu beijando o restante do meu corpo, despindo-o em cada parte com teus beijos e dedicou mais tempo aos meus seios, depois subiu pelos meus ombros, tomou o atalho do meu pescoço e antes de me beijar na boca, desvencilhou-me do vestido para sempre e somente então, brindou-me, de novo, com um beijo ardente.
Você colocou-me sentada à beira da cama, saiu de perto, mas logo depois voltou e fez-me provar um cubo de gelo. Logo depois que o chupei, você acariciou meus lábios com ele e pediu-me para lambê-lo, minha língua gelou e os meus lábios tremeram. Lentamente desceu pela minha pele e gotas frias caíram no meu pescoço e mal tocando em minha garganta, suavemente deslizaram entre os meus seios. O gelo continuo deixando o seu rastro e me estremeceram quando tocaram os meus mamilos. A saga fria ainda não terminara, depois dos seios foi a vez do umbigo, meu ventre afundou tentando escapar do frio e por causa dele meu corpo todo tremia. Você deslizou o gelo pelo meu púbis, passando direto até as minhas coxas e lentamente, como uma tortura, levou-o ao meu sexo, fazendo-me suspirar pesadamente. Mordi meus lábios com a sensação de frio intenso, que o gelo fazia-me sentir, derretendo todo sobre a minha intimidade quente.
Joguei-me na cama e abria as minhas pernas, você entendeu prontamente a minha intenção e pousou a tua boca sobre o meu sexo. Eu não sabia mais quem eu era e se você era você, mas compartilhamos esse pedaço de mundo e tempo, uma sensação misteriosa e paixão arrasadora.
Meu corpo retorcia-se na tua boca, tuas mãos acariciavam a minha barriga. Eu sentia o toque dos teus dedos me segurando e o calor da tua boca inoculando-me com teu desejo. Foi difícil suportar o contraste do ardor presente, em face ao frio posterior, junto à isso, a maciez dos teus lábios no meu clitóris, a tua língua circulando e descobrindo as partes mais sensíveis do meu sexo, somados os mistérios da minha escuridão total.
Segurando-me pelas pernas e abrindo-as totalmente, você me invadiu e entrou no meu corpo, escorregando lentamente para dentro. Ergui-me um pouco, segurei-me em teu pescoço e arqueando-me te beijei. Enlacei você com as minhas pernas e te empurrei mais para dentro de mim. Estávamos no limite do nosso infinito, numa total mistura de corpos, você enterrado totalmente e eu te recebendo em minha extrema profundidade.
Eu gemi, gritei, pronunciei palavras desconexas, em um frenesi selvagem, como se uma fúria me tomasse e naquela hora, eu senti que era uma fera cega no cio.
Você acelerou, teus movimentos tornaram-se violentos, você entrava e saia rapidamente no meu sexo e de repente me senti tensa, brotaram violentas contrações, passei a segurá-lo com mais fúria, arranhei o teu pescoço, cravei as unhas nas tuas costas e gozei desesperadamente agarrada em ti.
Deixei-me cair na cama, caí com os braços abertos. Você acelerou, ainda mais teus e na hora de gozar, tirou de mim, veio até meu rosto e soltou uma torrente de seiva na minha boca e eu a bebi e lambi até a última gota.
Assim foi uma, das nossas tantas noites, do tempo em que nos amamos e eu era apenas uma menina de vinte e um anos. Mas o tempo passou e fomos cada um para seu lado, hoje você tem o que tanto sonhou e eu... Bem, eu... creio que encontrei, o amor que a tanto procurava.
----------------------------------------
© COPYRIGHT BY LENA LOPEZ
Todos os Direitos Reservados
All Rights Reserved
DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela sua vista. Loira