Este Espaço

Criei este espaço para dividir, meus momentos, meus sonh os, minhas fantasias e meus desejos com vocês. Venham me conhecer.
Parei de escrever um Blog que tinha, com um ex-companheiro,
(http://meninalevadamestreferreiro.blogspot.com.br) ,sobre nossas experiências e nossa vida sexual, vida no meio liberal e no meio BDSM, com o fim do relacionamento, abandonei definitivamente o BDSM, resolvi importar algumas coisas do antigo Blog pra explicar todo este meu processo de transformação. De deixar de ser uma mulher submissa, mas infeliz, e me tornar uma mulher livre, mas feliz. SIMPLES ASSM.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Dor



Hoje gostaria de falar algumas palavras sob a dor esta amiga tão
aclamada e também tão odiada por esta nossa sociedade.
A dor seja ela de que forma dor da saudade da perda ou dor da maceração do corpo é foi e será responsável pelas maiores criações desde as artes plásticas até a literatura.Quem poderá esquecer da dor de Romeu a ter nos braços sua Julieta tomada como morta tal impressão lhe marcou que deu fim á própria vida.
A Dor hoje é um paradigma que a sociedade utiliza para marcar a infelicidade "coitado como sofre" Mas se esquece a nossa nobre
sociedade que a dor também é benéfica para certos indivíduos que dela obtém prazer e respostas as suas buscas.
Hoje quando vemos torturas na televisão vindas das guerras do Iraque ou de grupos extremistas onde alguns jornalistas denominam sadomasoquismo.
Fico imaginando quanto preconceito a sociedade ainda nutre daqueles que não se adaptam, ou melhor, dizendo tem uma conduta diferente do
que as regras que lhes são impostas vejamos o caso da dor elo agradabilíssimo entre os praticantes do Sadomasoquismo onde a um
consórcio entre o dominado e o dominante um jogo de consciências e responsabilidades onde a segurança da pratica esta única e
exclusivamente na observância das técnicas a serem empregadas de forma consensual.
Não gostaria e não pretendo me aventurar sobre os sentimentos e as paixões que poderam surgir entre os dominados e dominantes.Meu
objetivo é uma análise da dor e de suas vertentes.
Algumas pessoas dirão como é possível sentir prazer na dor e no suplício do próprio corpo. Pois bem pergunto a todos como poderá ser
explicado o gosto amargo da vodka para quem não bebe.
A dor das chicotadas no corpo é aplacada pelo fetiche da dominação um tempero agridoce deveras picante que vicia a mente e marca o corpo e a alma só que esta dor é particular consensual e prazerosa, pois
eleva a alma e o espírito num gosto frenético e alucinante culminando com o orgasmo.
Se os seres humanos dessa vazão aos seus fetiches tolhidos por regras rígidas da sociedade talvez diminuíssem o numero de pessoas
infelizes com casamentos frustrados e porque não dizer que diminuiríamos o numero de suicídios e doenças da mágoa.Veja que a dor
só traz mazelas para quem dela não deseja sentir o gosto amargo porem prazeroso.
Qual homem já não sonhou pelo menos uma vez em ser dominado por uma mulher ter suas roupas e vontades rasgadas pelos impulsos de
loucura e prazer.
Qual garoto não sonhou em ser um herói a defender sua cidade imaginária e morrer para salvar a todos a dor esta incutida na nossa
alma e na nossa mente nem sempre de uma forma maléfica ou prejudicial aos nossos desejos e aspirações.
A dor severa e inestimável donzela a encher nossos olhos de lágrimas e de prazer movidos pelos acordes da alma envergada de escravo por pura opção e prazer a encontrar nas suas fantasias respostas e elos de uma corrente que une o dominado e o dominante tal qual a ordem e o caos.
Por isto é que hoje aclamo a dor minha parceira e amiga leal como elo fundamental do meu prazer e da minha busca.
Desde a antiguidade a sociedade tenta colocar mordaças nos sonhos e desvios não permitidos pelas suas regras de conduta feitas e
conduzidos por homens que nas sombras da sociedade seguem apenas seus impulsos esquecendo as regras que por eles mesmos foram impostas fruto de uma sociedade de aparências e hipócrita de sentimentos e
verdades que só torna-se regras quando imposta a outros ou sob os refletores ou olhares curiosos.
Viva a dor benéfica amiga e conselheira de todas as minhas horas.



Texto de Eduardo (Escravo Fiel ) 2010

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