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Criei este espaço para dividir, meus momentos, meus sonh os, minhas fantasias e meus desejos com vocês. Venham me conhecer.
Parei de escrever um Blog que tinha, com um ex-companheiro,
(http://meninalevadamestreferreiro.blogspot.com.br) ,sobre nossas experiências e nossa vida sexual, vida no meio liberal e no meio BDSM, com o fim do relacionamento, abandonei definitivamente o BDSM, resolvi importar algumas coisas do antigo Blog pra explicar todo este meu processo de transformação. De deixar de ser uma mulher submissa, mas infeliz, e me tornar uma mulher livre, mas feliz. SIMPLES ASSM.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Livros sobre preferências das brasileiras


Sexóloga lança livros sobre preferências das brasileiras
Por Thiago Lucas - Notícia no Portal Terra

http://bit.ly/gzsKgG

Uma das mais respeitadas - e também polêmicas - psicanalistas e sexólogas do Brasil,Regina Navarro Lins, lança dois livros sobre as preferências sexuais dos brasileiros nessa última década: A Cama na Rede - O que os brasileiros pensam sobre amor e sexo e Se eu fosse você... - Uma reflexão sobre as experiências amorosas (editora Best Seller).

A autora aproveitou o lançamento para bater um papo informal com a plateia, incluindo perguntas que estão em ambos os livros. Um dos temas mais abordados foi a falta de sexo no casamento. "Um dos principais causadores da falta de interesse sexual entre os casais é a exigência da exclusividade, assim como a total disponibilidade de um para o outro na relação. A insegurança é necessária para se manter o jogo de sedução e, consequentemente, o tesão numa relação. Quando esta tudo garantido, fica tudo muito sem graça e naturalmente o interesse se perde", disse. Outra questão polêmica foi se a mulher pode dividir com o parceiro conta do motel.

Essas e outras questões polêmicas podem ser conferidas na entrevista exclusiva que Regina deu ao Terra.

Terra- Você acredita que essa forma de livro, feita com a colaboração de leitores e do público em geral, ajuda mais na quebra dos tabus apontados por você ao longo desses anos?
Regina Navarro Lins- Eu acho que contribui para uma rica reflexão você perceber como as pessoas estão pensando, pois todos nós, de uma maneira geral, somos auto-referentes. Ou seja, a gente só sabe opinar e falar das nossas questões. E socialmente as pessoas não falam de seus problemas, de suas dificuldades. Então eu acho que num livro em que outras pessoas opinam livremente, pelo fato de estarem escondidas sobre o véu do anonimato, contribui para apontar opções mais variadas de se viver o amor, o sexo.

Mas claro, ao final de cada questão, com suas várias respostas do público, eu digo o que penso baseado em todos esses anos em que me dedico a pensar o amor e o sexo. Acho interessante essa forma de se abordar outras opções, pois é tudo mais espontâneo e não parte de hipóteses nem de teorias, mas da prática e experiências de pessoas muito reais que dividem conosco suas vivências. Tudo é verdadeiro e não inventei nada. Selecionei as opiniões, mas são vários enfoques diferentes o que colabora para ampliar a visão sobre as varias questões tratadas.

Terra- Você concorda que atualmente, muitas vezes, a população feminina parece mais machista ou mais conservadora do que os homens?
RNL- Acho que as pessoas são muito presas a modelos. Então, por exemplo, a mulher foi criada dentro de uma educação patriarcal, machista. Daí o fato de tantas acharem estranho terem que dividir a conta do motel. Mas temos que reconhecer que o momento de emancipação feminina aconteceu ao passo que os homens ficaram um bom tempo de braços cruzados, achando que só nós mulheres precisávamos nos libertar. Mas com o passar do tempo os homens perceberam que eles também têm do que se libertar, pois o ideal masculino da sociedade patriarcal, que diz que o homem tem que ser sempre forte, nunca chorar, obter sempre sucesso, etc oprime homens também.

E por isso os homens começaram a mudar, pois estavam se sentindo "estrangulados" de certa forma. Mas sim, há mulheres machistas também, que mantém aquele padrão de comportamento. Vejo mulheres que querem essa emancipação feminina, mas sem admitir o ônus disso. Nesse sentido elas se tornam machistas, dando poder ao homem quando, por exemplo, não querem dividir as contas, ou algo nesse sentido.

Terra- Em relação às fantasias, você teria como apontar, ao longo desse dez anos, quais seriam as mais comuns a homens e mulheres?
RNL-Durante muito tempo as fantasias mais comuns dos homens era transar com duas mulheres, ao mesmo tempo, claro. As mulheres já não assumiam tanto esse tipo de desejo. Mas hoje, na medida em que esse processo de transformação das mentalidades, as mulheres também estão dizendo que querem isso. Elas não especificam se querem estar na cama com seu parceiro e uma mulher a mais ou outro homem a mais.

Mas já assumem o desejo de ter uma terceira pessoa na cama. Além desse desejo, elas também fantasiam sobre ser amarradas e praticar sexo de forma mais violenta e não tão convencional. As fantasias são variadas, mas raramente confessadas, por parte das mulheres. Parece que a maioria acha que só fantasia sozinha, como se fosse algo estranho e não comum nas outras pessoas. Mas meu livro prova o contrário que é comum fantasiar, apesar de todo preconceito e tabu que ainda existe. O que posso afirmar com a experiência desses anos é que o sexo a três, sexo grupal e o sadomasoquismo são as fantasias mais comuns, a homens e mulheres.

Terra- Um programa sobre sexo e fantasias sexuais masculinas e femininas de um canal a cabo divulgou uma pesquisa dizendo que as mulheres costumam fantasiar mais com o homem ideal, ao passo que os homens fantasiam mais com aventuras sexuais carnais com muito mais atos sexuais e menos romantismo. O que você tem a dizer a esse respeito?
RNL-Acredito que isso está mudando. A fronteira entre o masculino e o feminino está se dissolvendo. Hoje não existe nada mais que interesse ao homem e não interesse a mulher, e vice versa. Vejo isso como uma pré-condição para uma sociedade em parceria entre os sexos, onde não existe mais essa coisa estanque "homem/mulher", e que é a sociedade para a qual estamos caminhando. Acho que estamos caminhando para uma vida sexual bastante diferente. Daqui a 30 anos acredito que vamos testemunhar formas de amar e se relacionar sexualmente nunca antes imaginadas hoje.

Terra- Ainda no terreno das fantasias, você acha que é mais valido mantê-las como fantasias ou colocá-las em prática?
RNL- Acho que praticar é sempre legal, desde que não machuque nem um, nem outro. O que é importante ressaltar é que nenhuma prática sexual pode ser realizada se não for de comum acordo, pois muitas vezes uma das partes insiste numa determinada fantasia e a outra pessoa, com medo de deixar de ser amada, ou trocada por outro (a), acaba cedendo. E isso tem um preço alto na relação porque você sede, mas daqui a pouco, mesmo que inconscientemente, você vai acabar cobrando. Então qualquer prática, seja ela qual for, tem que ser com consenso.

Terra- Em relação à bissexualidade, qual é sua opinião. Existe, não existe, ou é apenas uma máscara para a homossexualidade não assumida?
RNL- Acho que existe sim e que com a diminuição dos preconceitos, é possível que a bissexualidade esteja aumentando. Acho que estamos caminhando para acabar com os rótulos que geram muitos preconceitos, de todas as partes. Há gays que criticam os bissexuais dizendo que eles são na verdade gays que não se assumem, há os heterossexuais que afirmam que eles estão em cima do muro. Acredito que daqui a algum tempo, que as pessoas vão ser escolhidas por seus parceiros ou parceiras, predominantemente, por suas características de personalidades, não por ser homem ou mulher, gay ou heterossexual.

Terra- Sobre o tão falado aumento dos grupos praticantes de suingue, você concorda que isso revela um aumento no número de pessoas que querem experimentar novidades no terreno do sexo ou simplesmente revela outra forma das pessoas velarem suas preferências sexuais?
RNL- Acho que as duas coisas. Em alguns casos, o suingue é, para muitos, uma forma de se ousar, mas com certos limites e proteção, pois há regras pré-estabelecidas e o casal está presente e controlando um ao outro. Mas as pessoas têm que saber também que os praticantes não fazem apenas troca de casais, mas também sexo grupal, troca entre pessoas do mesmo sexo, ménage etc. Então é o terreno neutro onde vale tudo. Um lugar para liberação e experimentação.

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